
Euclides começou o livro para destruir o cearense Antônio Conselheiro e a Revolta dos Canudos, mas se deixou emocionar pela coragem e persistência dos revoltosos e terminou escrevendo um grande épico, em prosa, que o crítico e poeta americano Robert Lowell, que só leu a tradução, considera superior a Guerra e Paz, de Tolstoi. É majestoso e passional, ao mesmo tempo.
Vemos como nunca vimos e nunca mais veremos a condição humana desses pobres-diabos de Antônio Conselheiro. Contra a nossa vontade, sentimos a inevitabilidade de tudo aquilo e nos identificamos emocionalmente com os revoltosos.