Se Gonçalves Dias (1823-1864) foi
infeliz no amor, por não ter casado com
a conterrânea de sua paixão, não o foi em amores e em afeições: razão do número
de inspiradoras (Vide “Canção de exílio”) que lhe adornaram a existência e o número de companheiros que
desveladamente o ampararam na vida
quanto na morte. O grande poeta romântico morreu afogado em mares maranhenses,
na cidade de Guimarães, quando voltava do exílio. Tinha 41 anos. Nosso
dicionarista mais famoso, Aurélio Buarque de Holanda, foi quem notou que nos
versos da canção de Gonçalves Dias não há um único adjetivo.