O título é do livro que o alagoano Graciliano Ramos (1892-1953) escreveu em 1938 e que todo mundo conhece como uma das suas obras-primas do Modernismo e de toda a literatura brasileira. Um pungente documento humano e obra de arte acabada. Mas o que queremos dizer mesmo é que todos falharam conosco no inverno que não houve nos últimos dois anos, 12 e 13. e dizem que este período foi o mais seco de todo o meio século passado Os profetas das chuvas, São José e São Pedro decidiram por uma chuvinha aqui, outra ali, alguns açudes sangraram, mas a grande maioria dos sertanejos fica sem milho, feijão, mandioca e sem o mais precioso dos bens que caem do céu – a água. Estamos, por isso mesmo, à mercê do carro-pipa, que vende ou distribui um produto contaminado e perigoso à saúde do consumidor. As “otoridades” oficiais, discursam, salivam o nada e acabam explicando o fenômeno das águas frias ou quentes dos oceanos, na tentativa de esmiuçar o mau humor dos deuses. Ora, gentes finas. Vamos reler Graciliano. Seu livro foi escrito ontem. Nada mais triste, nada mais terrível que o sertão seco e suas implicações dramáticas. O governo Dilma mantém as chantagens eleitoreiras das cestas básicas, nossas casas e o tal de mais médicos. Segundo o Ibope (alguém acredita nele?), Dilma ganhará a reeleição logo no primeiro turno. O casamento político Marina-Eduardo Campos nada significou. Só Deus sabe quem será o cabeça da chapa. Seja lá quem for, os dois vão dar com os burros n´água. No Planalto e no Congresso todos vivem em formidáveis gargalhadas, e a literatura de cordel jamais foi tão engraçada e tão versátil. Escutem os violeiros. O que não dá pra rir, dá pra chorar. Quanto a Lula, permanece no comando da corrupção, de norte a sul, de leste a oeste. Seus oito anos de governo bateram um recorde de pilantragem. Se escapou do escândalo do mensalão por falta de provas, não escapará do julgamento da História.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
VIDAS SECAS
O título é do livro que o alagoano Graciliano Ramos (1892-1953) escreveu em 1938 e que todo mundo conhece como uma das suas obras-primas do Modernismo e de toda a literatura brasileira. Um pungente documento humano e obra de arte acabada. Mas o que queremos dizer mesmo é que todos falharam conosco no inverno que não houve nos últimos dois anos, 12 e 13. e dizem que este período foi o mais seco de todo o meio século passado Os profetas das chuvas, São José e São Pedro decidiram por uma chuvinha aqui, outra ali, alguns açudes sangraram, mas a grande maioria dos sertanejos fica sem milho, feijão, mandioca e sem o mais precioso dos bens que caem do céu – a água. Estamos, por isso mesmo, à mercê do carro-pipa, que vende ou distribui um produto contaminado e perigoso à saúde do consumidor. As “otoridades” oficiais, discursam, salivam o nada e acabam explicando o fenômeno das águas frias ou quentes dos oceanos, na tentativa de esmiuçar o mau humor dos deuses. Ora, gentes finas. Vamos reler Graciliano. Seu livro foi escrito ontem. Nada mais triste, nada mais terrível que o sertão seco e suas implicações dramáticas. O governo Dilma mantém as chantagens eleitoreiras das cestas básicas, nossas casas e o tal de mais médicos. Segundo o Ibope (alguém acredita nele?), Dilma ganhará a reeleição logo no primeiro turno. O casamento político Marina-Eduardo Campos nada significou. Só Deus sabe quem será o cabeça da chapa. Seja lá quem for, os dois vão dar com os burros n´água. No Planalto e no Congresso todos vivem em formidáveis gargalhadas, e a literatura de cordel jamais foi tão engraçada e tão versátil. Escutem os violeiros. O que não dá pra rir, dá pra chorar. Quanto a Lula, permanece no comando da corrupção, de norte a sul, de leste a oeste. Seus oito anos de governo bateram um recorde de pilantragem. Se escapou do escândalo do mensalão por falta de provas, não escapará do julgamento da História.