quarta-feira, 28 de agosto de 2013

BLOG DO HÉLIO PASSOS

Dia 24 último, não vi uma só linha sobre os 59 anos do suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto de 1954). E logo ele que “saiu da vida para entrar na História”, como diz na Carta-Testamento. Também ninguém falou no Jânio, quando renunciou dia 25 de agosto de 1961, pensando que o povo ia buscá-lo no aeroporto de Cumbica e torná-lo ditador. Ficou vendo moscas, mas depois seria eleito prefeito de São Paulo, naquele episódio que FHC sentou na cadeira, considerando-se eleito. Jânio ganhou e, num rasgo de suas excentricidades, detetizou a cadeira... 

Poucos sabem que o pai de Jânio, deputado Gabriel Quadros (Jânio era governador de São Paulo) foi assassinado por um açougueiro. Não havia motivo político. A razão foi a paternidade de um menino adotado pelo açougueiro e que Gabriel jurava ser filho dele. Deu no que deu. Até hoje Jânio não ganhou uma biografia definitiva. Só dizem que era um beberrão e ele mesmo disse aos jornalistas: “Bebo porque a bebida é líquida; fosse gasosa, eu engolia...”. Ah, o velho Jânio e suas frases eruditas! Era metido a filólogo. Tenho a coleção das três gramáticas que escreveu. Falava bem inglês, francês, italiano e alemão.

E o candidato?

O ex-ministro Ciro Gomes, patriarca dos Ferreira Gomes, ainda não sinalizou qualquer nome para o governo do Estado, já que o irmão, governador Cid, não renunciou e deixou toda a família inelegível. Dizem que vai para o Banco Mundial, informação até agora não confirmada. Sabe-se também que Ciro não pretende deixar o PSB e apóia a reeleição da presidente Dilma. Há boatos de que ele seria aproveitado para um cargo público expressivo, porque para um ministério ele tem uma barreira muito forte – Lula. Os dois não dançam o mesmo tango.

Inesquecíveis

Há uma farra de jogos de futebol por aí. São tantos, mas o brasileiro veste a camisa do Flamengo e segue em frente, pouco se lixando que o velho Fla (é de 1911, nascido de uma dissidência no Fluminense, que é de 1910) esteja bem ou mal. “Uma vez Flamengo / sempre Flamengo”...) diz o hino do clube, pelo qual brigam até os índios. Mas de gênios se tornou a equipe da Copa de 1970, quando ganhamos o TRI e ficamos com a taça em definitivo. Eu morava no Rio e jamais vi tanta euforia nos milhões de cariocas que pulavam como doidos. Assim em todo o Brasil. 

Meu Deus! Onde achar um Pelé, um Rivelino, Tostão, Gérson, o canhotinha de ouro, Rivelino, Jairzinho, “o furacão da Copa”, Garrincha, Carlos Alberto Torres, com aquele 4X1 em cima da Itália, um presente da bola q      ue Pelé lhe passou. Inesquecível. Não tenho o DVD da Copa de 70 e daria qualquer dinheiro por ele. Dos seis jogos, o mais difícil foi contra a Inglaterra, que perdeu de 1x0, graças a um passe genial de Tostão a Jairzinho. O técnico era Zagalo, o grande Zagalo, mas diga-se, por justiça que ele recebeu a equipe preparada por João Saldanha, que dispensa adjetivos. Vou morrer, um dia, sem jamais ver gigantes como aqueles, a partir do “gato Felix” até chegar a Pelé, o atleta do século. 

Biografia de Tasso

Nunca mais ouvi falar na biografia de Tasso Jereissati, que o jornalista Wanderley Pereira estaria escrevendo (Pereira é também ótimo poeta e um grande repentista). O que deve estar acontecendo será por culpa da carregada agenda de Tasso para contar sua vida ao escritor. Se o biografado for contar tudo o que já passou no campo político e empresarial, um volume será pouco. O pai dele, Carlos Jereissati, foi duas vezes deputado federal e faleceu como senador, antes de completar um ano do mandato. Era praticamente o dono do PTB no Ceará da época e um empresário vitorioso, mas o coração  doente lhe roubou a vida aos 47 anos, em maio de 1963. A morte comete seus assassinatos. Dr. Tasso tinha então 16 anos e assumiu as atividades empresariais do pai, depois de se formar em administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas. 

 Em 1987, foi eleito governador pelo PMDB, elegeu Ciro Gomes para sucedê-lo e em seguida voltou ao governo do Estado, onde cumpriu dois mandatos seguidos, com o advento da reeleição, inclusa na constituição de 88, a “Constituição Cidadã”, assim batizada por Ulysses Guimarães (11 vezes deputado federal por São Paulo, um recorde). Depois foi eleito para o Senado e teria sido reeleito, não fossem as baixarias de Lula, que passou a persegui-lo. Agora no PSDB, partido que ajudou a fundar, ninguém sabe qual é o seu projeto político para 2014, ano que deverá nos oferecer fatos  explosivos, quando  Dilma fará um pacto até com o Capeta para ser reeleita. O poder, sabe-se, engendra a volúpia do poder, e quem pode quer sempre poder mais.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Divã

A rádio CBN transmite todos os dias os “conselhos” do médico Gikovate. Chegam a ser engraçados, coisas assim de cartomante ou de cigana. Para todos os problemas que lhe exigem análise, ele descamba no óbvio, como ocorre nas filosofias de pára-choque. Ora, o que pode acontecer com um sujeito de 80 anos que se casa com uma jovem de 20-25? Posso responder na hora: compra jornal para o vizinho ler...

Riscos

A centenária credibilidade e o respeito que o STF merece da sociedade brasileira correm riscos no julgamento do mensalão. O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, tem a boca destravada, como diria Nélson Rodrigues, e fala o que pensa, doa em quem doer. Não é emoção, é exatidão. Seu vice, ministro Ricardo Lewandowski, duro e sincero, não esconde suas deduções e não silencia. Os ministros do STF, sobretudo nesta fase, dignificam a mais alta corte do país.


Estamos vivendo a plenitude do estado de Direito, passados os  tempos dos intervencionismos, dos golpes, e a consciência nacional execrando todas as formas de autoritarismo, disfarçadas ou ostensivas. O STF mostra não estar voltado apenas para os aspectos jurídicos, mas também age como um tribunal federativo, político, uma corte constitucional, encarregada de guardar a Constituição e velar pelas instituições. Ousa e abre caminhos. 

Reforma política

Eis  de que o Brasil mais precisa. Uma reforma que mostre de cara que o voto proporcional desintegra os partidos,  faz a proliferação deles. O voto majoritário, sim, seria o ideal. É formador de grandes partidos, estáveis, capazes de dar estabilidade aos governos  e realizar o grande sonho do governo democrático: alternância do poder. Um partido que não influencie o poder, mas exerça o poder. 

Chile, Argentina, Paraguai, Bolívia – para citar nossos vizinhos – têm partidos centenários.  No Brasil é difícil um partido completar sequer bodas de prata. Por quê? Porque nós não queremos acreditar que partidos longevos, estáveis, capazes de dar estabilidade são resultantes do sistema eleitoral. O voto distrital não é bem-vindo por aqui. Nossas lideranças  não o aceitam. Esquecem que todos os grandes estadistas do mundo floresceram no voto distrital. 


Sem voto majoritário não há Parlamento forte. Sem Parlamento forte não há democracia forte.  Esta é a grande verdade que nos recusamos a aprender e ficamos a fazer leis para limitar partidos, controlar gastos eleitorais, fidelidade partidária, que apenas terminam numa grande farsa e no estímulo à hipocrisia. O mal está na raiz – o voto proporcional. 

Ecologia

Os ecologistas vivem de debates ao redor do mundo,  mas os resultados são decepcionantes. Os países ricos, num jogo escapista, limitam-se a acusar os países pobres de vilões da natureza.  Há uma acirrada confrontação ideológica e falam até do conforto mais desconfortável que a humanidade já conheceu, quando jogam dentro da mesma garrafa a contradição entre crescimento econômico e qualidade de vida. 

Afinal, somos todos passageiros deste planeta azul que viaja pelo infinito, carregando a alma atribulada dessa criatura de Deus – o homem --, que depois de todos os pecados, como um demônio, destrói a própria vida, destruindo a natureza. Nas décadas recentes, tudo piorou. O mundo continua a jogar toneladas e toneladas de detritos na atmosfera, a aumentar o arsenal de armas nucleares, a contaminar os mares, a destruir a Terra, sem falar na poluição da pobreza. Ai de nós. 

Fritura

Estão “fritando” o ministro Guido Mantega. O diabo é que ele pensa que o cargo é vitalício. Quando o ministro vai mal, começa a fazer coisas que não deve, como esconder fatos reais e visíveis. Organizou um esquema de apoio para continuar na Fazenda. E passa à mídia supostas notícias privilegiadas nas quais sempre ele vai bem. Dilma nada sinaliza (só pensa em se reeleger). Mantega está naquela fase de colocar gasolina na própria roupa e acender fósforos. E nada existe de pessoal nesse processo: é ético e político

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Já eleito presidente pelo voto popular, em 1950, durante o exílio voluntário na sua fazenda de São Borja (ele não nasceu em São Borja, como quase todos pensam,  mas na fazenda “Triunfo”, a 30km da cidade), a todo momento posava um avião com gente para vê-lo e lambê-lo de bajulação. Depois de anos sozinho, rodeado apenas pela peonada e pelo “Anjo Negro”, o Gregório Fortunato, agora era a invasão até do alfaiate para as roupas que deveria usar durante os discursos. Quem olhasse a casa da fazenda, não diria pertencer a quem mandou, absoluto, como ditador, 15 anos no Brasil. 

Pequena, sala e três quartos, cozinha e um banheiro, móveis velhos, descascados. O quarto de Getúlio lembrava a modéstia de catre de pensão de estudante. Encostada à janela, a cama patente de molas frouxas, colchão com as depressões de anos de uso. Roupas branca, de fazenda áspera de má qualidade, lençóis e fronhas de tropeiro. Encostado na parede livre, armário de duas portas, sem espelho, via-se, num pau roliço, uma dúzia de cabides com as bombachas, as camisas do sumaríssimo guarda-roupa. Poucos livros, empilhados sem ordem, em cômoda ao lado da porta. 

Em outra cômoda, a vitrola portátil, tocada a manivela, uma dezena de discos do sanfoneiro Pedro Raymundo, que teve sua época de sucesso, com “Meu Coração Te Fala” e “Escadaria”, por exemplo.  Getúlio mandava buscá-lo na fronteira (com a Argentina) e passava a noite entre a sanfona, os charutos e um ou outro trago de uísque. Gregório ouvia sem dar uma palavra, cara amarrada, enquanto a peonada ria e se divertia com a música. Na varanda larga, Getúlio equilibrava o corpo roliço, enganchado na rede, as pernas curtas, pés calçados de chinelos, pendurados nos dedos. 

No mais, a vestimenta típica, limpa e com sinais de uso nos puídos  das mangas e do colarinho; bombachas, blusão folgado, o cinturão largo cingindo a barriga volumosa. E ali, durante quase três anos, o chefe da Revolução de 30, o ditador do Estado Novo, o político que não roubou um vintém no poder, o homem público de comprovada honestidade, o senador que não exerceu o mandato (passou uns dias no Congresso, teve um forte bate-boca com o general Euclides Figueiredo e pediu o boné), esperou, com paciência de eremita, que o fossem buscar. 

A despeito de seu estilo caudilhesco, é possível que a História venha um dia a reconhecer, sem paixão, que Getúlio Vargas foi um momento importante em nossa trajetória republicana. E que, por paus e por pedras, numa fase ideologicamente confusa, tenha contribuído decisivamente para inaugurar no Brasil, com o atraso de três decênios, o conturbado século XX. Tudo acabou – parece incrível – há exatos 59 anos, com aquele tiro no Catete.

E lá está ele, sepultado em São Borja. E  não está só. A seu lado, por desejo da família de cada um, estão o ex-presidente João Goulart, o ex-governador do Rio de Janeiro, deputado e senador Leonel Brizola e o guarda-costa de sempre, o “anjo negro” Gregório Fortunato, assassinado na prisão durante uma briga, conforme uma versão muito mal contada.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Na época em que o Rio de Janeiro ainda era Distrito Federal, o presidente da Câmara, Ranieri Mazzili, concedeu a palavra ao deputado Carlos Lacerda. O representante do Distrito Federal, deputado Bocaiúva Cunha, foi rápido e gritou ao microfone, sob os risos do plenário: -- Lá vem o purgante! Lacerda, num piscar de olhos, respondeu: -- Os senhores acabaram de ouvir o efeito! (Muito mais risos, até dos adversários...)

Quando Churchill fez 80 anos, um repórter menos de 30 foi fotografá-lo e disse: ´´ -- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos...  Resposta de Churchill: -- Por que não? Você me parece bastante saudável...
Telegramas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Churchill, seu desafeto. Convite de Bernard Shaw para Churchill: “Tenho o  prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação de minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver”. Bernard Shaw. Resposta de Churchill: “Agradeço ilustre escritor honroso convite... Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver. Winston Churchill.
O General Montgomery estava sendo homenageado, por ter vencido o  General von Rommel na batalha da África, durante a 2ª Guerra Mundial Discurso do General Montgomery: “Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói”. Churchill ouviu o discurso com ciúme e retrucou: “Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele”.
Certa vez, Einstein recebeu uma carta de miss Orleans onde dizia a ele: “Prof. Einstein, gostaria de ter um filho com o senhor... A minha justificativa se baseia no fato de que eu, como modelo de beleza, teria um filho com o senhor e, certamente, o garoto teria a minha beleza e a sua inteligência”. Einstein respondeu: “Querida miss Orleans, o meu receio é que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza”.
O estadista francês Clemenceau, aos 80 anos,  passeava com um amigo pela avenida Champs Élysées, quando passa uma francesinha lindíssima, com um belo sorriso para ele. Clemenceau vira-se para o amigo e  comenta, suspirando: “Ah, meus 70 anos!”
Um dos mais importantes poetas franceses do século XX, também escritor admirável, Paul Valéry, dizia: “A política foi primeiro a arte de impedir as pessoas de se intrometerem no que lhes concerne. Em época posterior, acrescentaram-lhe a arte de forçar as pessoas a decidir sobre o que não entendem”. 
Já me pediram para prefaciar livros, mas soube escapar com elegância. Lembra-me, a propósito, do que diz o  bruxo do Cosme Velho em suas críticas literárias: “O perigo destes prefácios é dizer demais.  É ocupar maior espaço do que o leitor pode razoavelmente conceder a uma lauda inútil”.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ela vem aí

Nem precisa dizer nomes.Fica fácil identificar os jornalistas (em sua maioria, mulheres) fascinados por um elogio à Dilma, enquanto a  mídia ninja não chega para entrar em campo com suas  opiniões e a liberdade de expressão de um país democrático. Dilma anda preocupada, por falta de comando dela mesma e de nenhum contato interessante com qualquer dos engravatados do seu ministério-centopéia. Chega a ter medo da Marina, concorrente que ameaça um segundo turno. Aécio, Serra e Eduardo Campos murcham a cada hora.  Tá  feia a coisa.

Ele quer voltar


Na intimidade dos amigos, o velho e tarimbado ex-metalúrgico confessa sua obsessão pelo  poder. Dilma sabe disso e o apóia, e a razão é simples – ela corre riscos e pode até perder; ele, não. Com esses concorrentes que estão na imprensa, ganharia com alguma facilidade. Não importa que seu governo tenha sido dos mais corruptos do Brasil. O eleitor brasileiro é amnésico, e de todo desinformado. Fosse Lula candidato, o PT agradeceria.

Violência

O povo está convencido que só resolve seus problemas mais graves, e são muitos, quando sai às ruas  e decide mostrar sua revolta na roleta russa, tal qual vimos principalmente em junho e julho passados. Às vezes faz bobagens como depredações, confrontos etc. ferindo o direito de greve assegurado na Constituição. A violência desfigura o Brasil, corroe nosso estilo de vida, ameaça a fisionomia de uma pátria de irmãos. A violência já envolve a cidade e o campo. A polícia, mal paga e despreparada, perde a guerra para o bandido, portador de audácia e armas importadas, contrabandeadas pelo narcotráfico.


 O problema toma uma grande dimensão política, e aí, no somatório do mata-mata, o governo fica na poeira. Não se combate violência com flores. Mas não pode o Estado fazer da violência legal o instrumento de uma violência institucionalizada, que gera outra violência, num círculo vicioso que não cessará. O combate à violência começa pela proteção da infância. Enquanto houver uma criança abandonada, no Brasil, haverá sementes de ira. A violência, em última análise, é uma busca da morte. O Brasil não é país destinado a essa procura trágica.  

Puxa-sacos


Nem precisa dizer nomes. Fica fácil identificar os jornalistas (em sua maioria, mulheres) fascinados por um elogio à Dilma, enquanto o chamado jornalismo ninja não chega para entrar em campo com suas opiniões e a liberdade de expressão de um país democrático. Dilma anda preocupada, por falta de comando dela mesma e de nenhum contato interessante com qualquer dos engravatados do seu ministério-centopéia. Chega a ter medo da Marina, concorrente que ameaça um segundo turno. Aécio, Serra e Eduardo Campos murcham a cada hora.  Tá  feia a coisa.

E o sucessor de Cid?

No Ceará parece não haver políticos relevantes, e se há,escondem-se no armário e querem é distância do abacaxi. O governador Cid Gomes (PSB), mantendo-se no posto, deixou os irmãos inelegíveis, além de não dar sinais de ter preferência por algum nome de capacidade política e administrativa. A razão parece uma só – esse nome não existe. Ciro Gomes, o condutor dos Ferreira Gomes, silenciou. A sociedade não vê com bons olhos o próprio governador, seu comportamento arredio e uma administração sem atrativos. O que se sabe é pouco. A campanha, por isso mesmo, será um prato para a oposição, recheada de acusações graves. Esperem só.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

VANTAGEM

Não tenha receio de falar sozinho, para aliviar-se,caso lhe falte no momento, o interlocutor adequado. Antes endoidecermos para os outros, que de longe nos observam, do que endoidecermos para nós mesmos, calando o desabafo. Quem manda alguém à merda, em ocasiões assim, tem a imensa vantagem de não receber o troco, sujando-se também.

BARCA DE PEDRO

Certos “pastores” e “bispos” que, nos meios de comunicação, vivem de enganar os bestas com  promessas de  livrá-los  de seus   males,  chegam ao exagero de afirmar que Francisco I está se deixando levar por uma frase que evidentemente jamais teria necessidade de  dizer: “Não vou deixar que a Igreja caminhe para a autodestruição”. E eu fico a torcer para que Sua Santidade esteja certo, porque Papa também erra sobre o destino da Igreja. Ele é humano e  por isso mesmo falível. Somente Deus sabe se está indo ou não a pique a barca de São Pedro – de que sou também passageiro.