terça-feira, 13 de agosto de 2013

Violência

O povo está convencido que só resolve seus problemas mais graves, e são muitos, quando sai às ruas  e decide mostrar sua revolta na roleta russa, tal qual vimos principalmente em junho e julho passados. Às vezes faz bobagens como depredações, confrontos etc. ferindo o direito de greve assegurado na Constituição. A violência desfigura o Brasil, corroe nosso estilo de vida, ameaça a fisionomia de uma pátria de irmãos. A violência já envolve a cidade e o campo. A polícia, mal paga e despreparada, perde a guerra para o bandido, portador de audácia e armas importadas, contrabandeadas pelo narcotráfico.


 O problema toma uma grande dimensão política, e aí, no somatório do mata-mata, o governo fica na poeira. Não se combate violência com flores. Mas não pode o Estado fazer da violência legal o instrumento de uma violência institucionalizada, que gera outra violência, num círculo vicioso que não cessará. O combate à violência começa pela proteção da infância. Enquanto houver uma criança abandonada, no Brasil, haverá sementes de ira. A violência, em última análise, é uma busca da morte. O Brasil não é país destinado a essa procura trágica.