terça-feira, 27 de agosto de 2013

Reforma política

Eis  de que o Brasil mais precisa. Uma reforma que mostre de cara que o voto proporcional desintegra os partidos,  faz a proliferação deles. O voto majoritário, sim, seria o ideal. É formador de grandes partidos, estáveis, capazes de dar estabilidade aos governos  e realizar o grande sonho do governo democrático: alternância do poder. Um partido que não influencie o poder, mas exerça o poder. 

Chile, Argentina, Paraguai, Bolívia – para citar nossos vizinhos – têm partidos centenários.  No Brasil é difícil um partido completar sequer bodas de prata. Por quê? Porque nós não queremos acreditar que partidos longevos, estáveis, capazes de dar estabilidade são resultantes do sistema eleitoral. O voto distrital não é bem-vindo por aqui. Nossas lideranças  não o aceitam. Esquecem que todos os grandes estadistas do mundo floresceram no voto distrital. 


Sem voto majoritário não há Parlamento forte. Sem Parlamento forte não há democracia forte.  Esta é a grande verdade que nos recusamos a aprender e ficamos a fazer leis para limitar partidos, controlar gastos eleitorais, fidelidade partidária, que apenas terminam numa grande farsa e no estímulo à hipocrisia. O mal está na raiz – o voto proporcional.