Dia 24 último, não vi uma só linha sobre os 59 anos do suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto de 1954). E logo ele que “saiu da vida para entrar na História”, como diz na Carta-Testamento. Também ninguém falou no Jânio, quando renunciou dia 25 de agosto de 1961, pensando que o povo ia buscá-lo no aeroporto de Cumbica e torná-lo ditador. Ficou vendo moscas, mas depois seria eleito prefeito de São Paulo, naquele episódio que FHC sentou na cadeira, considerando-se eleito. Jânio ganhou e, num rasgo de suas excentricidades, detetizou a cadeira...
Poucos sabem que o pai de Jânio, deputado Gabriel Quadros (Jânio era governador de São Paulo) foi assassinado por um açougueiro. Não havia motivo político. A razão foi a paternidade de um menino adotado pelo açougueiro e que Gabriel jurava ser filho dele. Deu no que deu. Até hoje Jânio não ganhou uma biografia definitiva. Só dizem que era um beberrão e ele mesmo disse aos jornalistas: “Bebo porque a bebida é líquida; fosse gasosa, eu engolia...”. Ah, o velho Jânio e suas frases eruditas! Era metido a filólogo. Tenho a coleção das três gramáticas que escreveu. Falava bem inglês, francês, italiano e alemão.