terça-feira, 27 de agosto de 2013

Riscos

A centenária credibilidade e o respeito que o STF merece da sociedade brasileira correm riscos no julgamento do mensalão. O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, tem a boca destravada, como diria Nélson Rodrigues, e fala o que pensa, doa em quem doer. Não é emoção, é exatidão. Seu vice, ministro Ricardo Lewandowski, duro e sincero, não esconde suas deduções e não silencia. Os ministros do STF, sobretudo nesta fase, dignificam a mais alta corte do país.


Estamos vivendo a plenitude do estado de Direito, passados os  tempos dos intervencionismos, dos golpes, e a consciência nacional execrando todas as formas de autoritarismo, disfarçadas ou ostensivas. O STF mostra não estar voltado apenas para os aspectos jurídicos, mas também age como um tribunal federativo, político, uma corte constitucional, encarregada de guardar a Constituição e velar pelas instituições. Ousa e abre caminhos.