terça-feira, 10 de setembro de 2013

Projeto mais médicos.

  Texto especial sobre esse projeto que tem tudo fadado ao fracasso. Os dados estão na revista Mobilização Médica. Para a grande maioria dos nossos médicos, o tal projeto é inconstitucional e fará mal para a saúde da população brasileira, à medida que permite a entrada de profissionais que não precisarão revalidar seus diplomas para prestar assistência médica. Além disso, analisa a revista, no site das entidades médicas os interessados em colaborar com essa luta encontrarão textos com  argumentos sólidos para convencer deputados e senadores e mostrar os prejuízos causados pela Medida Provisória 62//13. Enquanto escrevo estas mal traçadas, alguns parlamentares já declararam apoio à causa médica. 

Projeto  mais  médicos  (II)

A Associação Médica Brasileira diz: “O governo tenta induzir a população que a culpa no caos da saúde é falta de médicos. Engodo. Faz o projeto de forma autoritária, sem discutir com as universidades e entidades médicas. Quer mudar o curso médico, trazer médicos do exterior sem a Revalida e acabar com a residência médica.” É um absurdo o governo querer colocar nos médicos a culpa da incompetência da gestão em saúde. É um descalabro querer que a residência médica seja moeda de troca.  A sociedade precisa reagir  e mostrar ao governo  que não se promove saúde com autoritarismo e falta de planejamento. 


Projeto  mais  médicos   (III)

Neste momento, os médicos brasileiros pensam ser essencial a participação de toda a categoria, nem só em defesa dos direitos  da medicina, mas, principalmente, pelo respeito à população. A própria Federação Nacional dos Médicos afirma: “Atenção em saúde é permanente e não pode ser feita de forma provisória. Isto é inconstitucional e não pode ser resumido a uma medida paliativa de três anos.  É evidente e indiscutível que a MP 62 representa grave risco  à saúde da população e também vai piorar a qualidade dos cursos de medicina. Não iremos compactuar com propostas demagógicas, inexeqüíveis e que não irão solucionar os graves problemas do SUS, conquista maior da sociedade brasileira”. 


Projeto  mais  médicos   (IV) 

A verdade é que o Brasil investe muito pouco na saúde, mais do que na educação. É inaceitável que o país continue a destinar menos de 4% do PIB em saúde pública, abaixo de R$ 2 por dia por cidadão, percentual bem inferior ao de muitos países com menor desenvolvimento. Desenhada às pressas em tentativa desesperada de responder à insatisfação do povo em geral e de olho na reeleição  da presidente Dilma, o tal projeto nada mais é do que uma ação midiática e oportunista. Tivesse o mínimo de consistência, o governo não começaria a esquartejá-la dias após sua apresentação. Considerando que nos últimos exames de revalidação de diplomas, o índice de reprovação esteve em torno – pasmem – de 90% . Éprovável que nove em cada dez médicos “importados” não tenham condição para atender adequadamente os cidadãos – seriam os “especialistas” em gripe e diarréia. 

Projeto  mais  médicos    ( V )

 Por fim, cumpre acrescentar ser essencial a garantia de acesso à assistência médica de qualidade, universal e integral, sempre. Esta, a preocupação de nossos médicos. Infelizmente, tal meta jamais foi alcançada, principalmente pela falta de recursos, de financiamento adequado. Além disso, os médicos, no Brasil, sobretudo nos governos de Lula e agora com Dilma, “a segunda mulher mais influente do planeta”, conforme seus áulicos. Temos um gerenciamento ineficaz, com desperdício do já minguado dinheiro destinado à saúde pública. A corrupção é desenfreada, escandalosa, brutal. Além do que temos bons médicos Brasil afora, bem superiores aos importados. Têm de assumir dois-três empregos para sobreviver. Tudo que vem do PT acaba em fiasco ou corrupção, e o governo de Lula, em todas as áreas, foi ao index da roubalheira incontrolável. Foi ele que nos deu a pista: se Deus é brasileiro terá sido pelo motivo de haver morrido entre dois ladrões. Rezemos o Credo, gente!