Projeto mais médicos.
Texto especial sobre esse projeto que tem tudo fadado
ao fracasso. Os dados estão na revista Mobilização Médica. Para a grande
maioria dos nossos médicos, o tal projeto é inconstitucional e fará mal para a
saúde da população brasileira, à medida que permite a entrada de profissionais
que não precisarão revalidar seus diplomas para prestar assistência médica.
Além disso, analisa a revista, no site das entidades médicas os interessados em
colaborar com essa luta encontrarão textos com argumentos sólidos para
convencer deputados e senadores e mostrar os prejuízos causados pela Medida
Provisória 62//13. Enquanto escrevo estas mal traçadas, alguns parlamentares já
declararam apoio à causa médica.
Projeto mais
médicos (II)
A Associação Médica Brasileira
diz: “O governo tenta induzir a população que a culpa no caos da saúde é falta
de médicos. Engodo. Faz o projeto de forma autoritária, sem discutir com as
universidades e entidades médicas. Quer mudar o curso médico, trazer médicos do
exterior sem a Revalida e acabar com a residência médica.” É um absurdo o
governo querer colocar nos médicos a culpa da incompetência da gestão em saúde.
É um descalabro querer que a residência médica seja moeda de troca. A
sociedade precisa reagir e mostrar ao governo que não se promove
saúde com autoritarismo e falta de planejamento.
Projeto mais
médicos (III)
Neste momento, os médicos
brasileiros pensam ser essencial a participação de toda a categoria, nem só em
defesa dos direitos da medicina, mas, principalmente, pelo respeito à
população. A própria Federação Nacional dos Médicos afirma: “Atenção em saúde é
permanente e não pode ser feita de forma provisória. Isto é inconstitucional e
não pode ser resumido a uma medida paliativa de três anos. É evidente e
indiscutível que a MP 62 representa grave risco à saúde da população e
também vai piorar a qualidade dos cursos de medicina. Não iremos compactuar com
propostas demagógicas, inexeqüíveis e que não irão solucionar os graves
problemas do SUS, conquista maior da sociedade brasileira”.
Projeto
mais médicos (IV)
A verdade é que o Brasil
investe muito pouco na saúde, mais do que na educação. É inaceitável que o país
continue a destinar menos de 4% do PIB em saúde pública, abaixo de R$ 2 por dia
por cidadão, percentual bem inferior ao de muitos países com menor
desenvolvimento. Desenhada às pressas em tentativa desesperada de responder à
insatisfação do povo em geral e de olho na reeleição da presidente Dilma,
o tal projeto nada mais é do que uma ação midiática e oportunista. Tivesse o
mínimo de consistência, o governo não começaria a esquartejá-la dias após sua
apresentação. Considerando que nos últimos exames de revalidação de diplomas, o
índice de reprovação esteve em torno – pasmem – de 90% . Éprovável que nove em cada dez
médicos “importados” não tenham condição para atender adequadamente os cidadãos
– seriam os “especialistas” em gripe e diarréia.
Projeto
mais médicos ( V )
Por fim, cumpre acrescentar ser
essencial a garantia de acesso à assistência médica de qualidade, universal e
integral, sempre. Esta, a preocupação de nossos médicos. Infelizmente, tal meta
jamais foi alcançada, principalmente pela falta de recursos, de financiamento
adequado. Além disso, os médicos, no Brasil, sobretudo nos governos de Lula e
agora com Dilma, “a segunda mulher mais influente do planeta”, conforme seus
áulicos. Temos um gerenciamento ineficaz, com desperdício do já minguado
dinheiro destinado à saúde pública. A corrupção é desenfreada, escandalosa,
brutal. Além do que temos bons médicos Brasil afora, bem superiores aos
importados. Têm de assumir dois-três empregos para sobreviver. Tudo que vem do
PT acaba em fiasco ou corrupção, e o governo de Lula, em todas as áreas, foi ao
index da roubalheira incontrolável. Foi ele que nos deu a pista: se Deus é
brasileiro terá sido pelo motivo de haver morrido entre dois ladrões. Rezemos o
Credo, gente!