Tudo bem. Os brasileiros e brasileiras rogam a Deus que Dilma atravesse sem traumas o difícil desafio que terá pela frente nos próximos quatro anos. E que rasgue do seu dicionário presidencial a maligna palavrinha “continuísmo”.
Convém não esquecer haver, além do sentido estrito do vocábulo, o continuísmo camuflado dos que tomam as medidas para se fazerem suceder por suas crias políticas, através das quais contam continuar a exercer o controle do poder. Onde existe ambição política – e é só o que existe no PT, para citar um só exemplo – sempre se encontram subterfúgios para garantir uma ou outra forma de continuísmo.
Não se deve, entretanto, confundir continuísmo político, com continuidade administrativa. É esta que deve garantir a permanência do exercício das funções e o cumprimento dos programas de longo prazo, através de todas as vicissitudes da vida política. É tão importante que nela se procuram coonestar todas as formas de continuísmo.
Sem ela, não é possível superar o subdesenvolvimento, o que constitui uma tarefa tão árdua que não pode ser realizada num período eletivo, mesmo de oito anos, em casos de reeleições como no Brasil.
Um dos grandes males de países politicamente imaturos é precisamente este: cada administração nomeada pelos novos chefes políticos abandona tudo o que vinha sendo feito, para inaugurar sempre novos planos que nunca serão concluídos.
O que esperamos, sinceramente, não ocorra com Dilma.