O ministério da presidente Dilma, de tão fraco, e um país de economia a balançar, pode nos levar à recessão, e o setor social pagará o custo mais alto. Com desemprego, violência urbana, fome, desnutrição, doenças, vidas, intranqüilidade, pessimismo, perda de valores. Paga, dentre os pobres, com os mais pobres. Às vezes, os mais fracos, as crianças. E vem o desespero. Já passamos por isso, com Sarney, uma história longa e triste.
Daí o esforço que Dilma terá de fazer para evitar que os bolsões de pobreza (tema central de suas promessas) cheguem à temperatura de explosão. Todas as luzes de alerta deverão estar em condições de disparar. Acrescente-se a insensibilidade de países ricos, nas suas discussões com os pobres, para o social. Dilma não fará milagres, mas dela todos esperamos uma visão humana do desenvolvimento.
O desenvolvimento brasileiro sempre teve a marca do capenga. Anda torto. À frente, ao contrário das maravilhas que apregoam, o econômico. O desenvolvimento político, este, nem falar. De longe, é dos mais atrasados do continente. O social, a grande tragédia. Dilma prometeu muito, e isso é que preocupa. Terá boas intenções, provavelmente. Mas onde encontrar condições de atenuar a vida de 10 milhões de miseráveis?