Nenhum de nós pode imaginar o que o mundialmente famoso artista holandês (1853-1890) experimentava pintando. Imaginem, não, não é possível imaginar o que Van Gogh, filho de pastor, embebido em calvinismo feroz, sentiu ao pintar aquela ceia humilde, dos deserdados e esquecidos da terra, rejeitando de modo delicado mas conclusivamente o espiritualismo da outra Santa Ceia. Tinha 37 anos quando se matou com um tiro no peito.
Lembrei o infeliz e cruel imperador Nero, quando disse, depois de beber o veneno que o mataria quase de repente:
-- Que grande artista vai perder o mundo...