O ex-torneiro mecânico não é mais presidente. Passou a faixa a uma invenção sua. Mas foi, e por oito longos anos. Sonhou ser secretário geral da ONU. O poder quase o enlouquece. Chegou a lembrar aquele sujeito que sabia javanês do conto do genial carioca Lima Barreto (1881-1922). Precisavam de alguém que soubesse javanês. O sujeito apresentou-se e foi aceito.
Como ninguém sabia javanês, ganhou fama, popularidade histórica e manchetes diárias. Afinal, sabia javanês. Quem pode ser indiferente a um homem que sabe javanês? Só numa coisa ele era diferente do velho Lula de guerra – o homem que sabia javanês sabia que não sabia javanês. Lula foi o único a acreditar que sabe javanês e já se mobiliza para continuar sabendo depois de 2014.